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Viracasacas Podcast


Aug 16, 2022

Saudações pessoas! No Viracasacas dessa semana recebemos Bruno Langeani, especialista em segurança pública e autor de "Arma de Fogo no Brasil: Gatilho da violência", para uma conversa sobre armamento da população civil, crime organizado e o barril de pólvora sob o qual o Brasil está assentado. Começamos discutindo o perfil mais comum das armas usadas em crimes no Brasil (armas curtas, de fabricação nacional), falamos sobre o tráfico de armas e a explosão do uso de fuzis por facções na década de 1990. A maior parte das armas longas (fuzis, submetralhadoras e carabinas) apreendidos nas mãos de criminosos no Brasil foi vendida LEGALMENTE no seus país de fabricação e importada ao Brasil via países vizinhos – principalmente o Paraguai. Esse panorama está mudando rapidamente na medida em que os decretos do Governo Bolsonaro tornaram a compra de armas e munição pelo CRIME ORGANIZADO algo mais fácil, mais rápido e mais barato. Bolsonaro e o lobby armamentista alegam que a diminuição da taxa de homicídios teria se dado através do armamento da população civil e, no entanto, ele é o resultado de uma trégua entre as maiores facções criminosas no Brasil celebrada em 2017. No momento, notícias nas páginas policiais se repetem a cada semana mostrando como a facilitação do acesso a armas e, pasmem, a possibilidade de fabricar munição em casa têm armado o crime organizado como nunca antes. Hoje é possível que quadrilhas, através de laranjas, comprem fuzis de fabricação nacional por 1/5 do preço que era praticado no mercado ilegal. Assim que a primeira faísca do confronto em facções se tornar fogo o Brasil pode ser palco de um banho de sangue numa escala nunca antes vista. Tudo isso graças a Bolsonaro, seus milicos amestrados e a poderosa e lucrativa indústria armamentista do Brasil.